Thursday, February 28, 2008

Ricardo, 2008

You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend

I don't see what anyone can see, in anyone else

But you


Here is the church and here is the steeple

We sure are cute for two ugly people

I don't see what anyone can see, in anyone else

But you


The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?

I don't see what anyone can see, in anyone else

But you

Du du du du du du dudu

Du du du du du du dudu

Du du du du du du dudu du


Up up down down left right left right B A start

Just because we use cheats
doesn't mean we're not smart

I don't see what anyone can see, in anyone else

But you


You are always trying to keep it real

I'm in love with how you feel

I don't see what anyone can see, in anyone else

But you


Du du du du du du dudu

Du du du du du du dudu

Du du du du du du dudu du

But you

The Moldy Peaches

Tuesday, February 19, 2008

Antevisão


foto: www.esnpalermo.it

Só para vos mostrar uma de muitas coisas que me esperam,
para o próximo ano lectivo,
por terras sicilianas. :)

Nem um bocadinho de inveja...? Eheheh

Sunday, February 17, 2008

O fim e o princípio


Fim! Fim à época de exames! (Hoje apetece-me escrever sobre coisas, espero não me tornar numa pessoa medíocre...).

Mês e meio (quase 2) de martírio depois entreguei categoricamente o último exame desta época para as mãos de um professor desconfiado e com o sentido de humor apurado (perguntem-me o que acho e diria que também ele é médico-legista... Mas não sei, nunca o tinha visto - que vergonha Rick!!)

Bem, na verdade ainda há o teste de Terapêutica, e é nestas alturas que pergunto porquê? Porque é que a Medicina evoluiu? Tiveram de inventar os fármacos, e não contentes com o facto, inventaram milhares deles...! Bons tempos em que a medicina tradicional se baseava em rezas e em meia dúzia de plantas que se esfregavam nas feridas, ou infundidas em chás horríveis que eram despejados pelas gargantas dos moribundos. Pelo menos não havia tabelas infindáveis de químicos em que há aqueles 150 que fazem exactamente a mesma coisa, mas temos de saber todos na mesma (podiam escolher o melhor e queimar todos os outros, mas não!).
(suspiro), como sinto falta desses tempos...!

No próximo ano, Palermo vai ser a cidade que me vai acolher por um ano lectivo inteiro! E qual é a vantagem nisso: ui, não posso começar a enumerar, porque tenho um compromisso daqui a pouco. Mas sim, estou feliz, será um novo princípio! Pode não se sobrepor a nenhum princípio (alguma ironia aqui, consigo senti-la...), mas será um fresquinho, uma novidade, uma lufada de ar fresco. Sono molto felice.

I wish everyone could see the world like I do: not like I see it, but see it too. Fiz-me entender? Provavelmente não. Mas seria muito mais interessante assim...

(suspiro).

Thursday, February 7, 2008

Facto

Os americanos, para irem à Lua (ou supostamente), passaram anos a desenvolver uma caneta que pudesse ser usada no espaço, visto as condições físicas de gravidade zero assim o exigirem.

Os russos levaram um lápis.

Sunday, February 3, 2008

Esta noite chorei.

Chorei nos braços da minha mãe como há muito tempo não o fazia. Chorei como se fosse ainda um miudo de escola de quem um dia fizeram troça. Chorei porque tinha que chorar, isento de vergonha, medo ou receio de ser julgado.

Mas desta vez não foi por humilhação, não foi por mágoa, não foi capricho. Antes fosse.
Senti por fim o peso da maturidade, tantas vezes forçada por desilusões, pela distância de casa durante os primeiros tempos de faculdade, pela falta de compreensão, pela falta de um ombro de apoio no momento em que uma pequena parte de nos se desmorona. Senti-a chegar como uma vaga ameaçadora, cheia da responsabilidade, a cruel e fria responsabilidade, de um dia ter de enfrentar o mundo; de perceber como nem todas as coisas não são de verdade cheias de côr, ou manhãs de inverno, ou filmes que nos arrebatam, ou de amigos que dizem ter saudades nossas.
Foi o peso, o fardo da responsabilidade de ter de começar a ser adulto, de um dia ter de deixar tanta coisa para trás, de ter de começar a usar calças de vinco e gravata, de não poder ler em voz alto os títulos das revistas cor de rosa na papelaria, de não poder voltar a fazer danças estranhas perante os meus amigos em plena rua, de um dia ter de preencher os papeis do IRS ou de assinar documentos vinculativos à sociedade operária. Tudo porque não quis sentir perder a fé na imaculadada bondade que possa haver em qualquer pessoa. Por me recusar a acreditar que certas coisas que pareciam impossiveis, são-nos a certa altura arremessadas; fazem-nos acordar. Fazem com que nos tornemos adultos, e avisam-nos que temos mesmo que ser adultos, temos de "engolir sapos", temos de nos sujeitar, por vezes até deixar-nos humilhar, tudo porque não temos ainda poder suficiente para contrariá-los, para vincar sem receios os nossos princípios.

Por isso hoje chorei. Chorei porque luto continuamente. Porque uma ténue luz dentro de mim diz-me que não posso perder a fé, que não posso perder os anos que me restam antes de só quase me restar ser adulto (terei tanto tempo para isso...) a pensar que aquilo que sempre acreditei pode não valer a pena.
Chorei para manter vivo dentro de mim o desejo de não sucumbir à amargura da injustiça (e oh, como tenho razões!) e deixar que o sonho continue a preserverar, que continue a fazer-me acreditar que, se cheguei até aqui, é porque estou destinado a alguma coisa. É porque realmente vale(u) a pena. É isso que me mantém vivo.

E sempre, mas sempre, com um sorriso.